9/25/2008

de volta...

e só para dar um cheirinho da minha vida...

«Mação é vila sede de concelho, pertencendo ao distrito de Santarém e à diocese de Portalegre, e situa-se no extremo sul da antiga província da Beira Baixa.

O nome de Mação tem duas possíveis explicações: a primeira relacionada com o termo francês "maçon", sendo então o povoado filho de um pedreiro-maçon que ali se tivesse instalado com a sua arte (ou então que esse homem se chamasse Maçon que era a antiga forma de se escrever Marçal); a segunda explicação (mais plausível) está relacionada com o termo latino "mansio-mansionis" que significa estalagem (pousada, mansão). Assim, nesta estalagem repousariam os viandantes no tempo da dominação romana quando, vindos de Tubuci (Abrantes), pela terceira via militar que ligava aquela povoação a Mérida, para Castra Leuca (Castelo Branco), passassem por uma das duas ramificações seguia para norte em direcção a diversos assentos de população romana (Amêndoa, Cardigos e Carvoeiro), a segunda seguia para sul em direcção ao importante povoado romano da Ribeira de Nata (Belver).

Toda esta região, ainda fisicamente ligada à Beira Baixa, remonta ao período do Paleolítico, na Pré-História, Era da qual se encontram muitos vestígios. Seria uma zona com condições climáticas e geográficas propícias ao estabelecimento dos povos: vastos bosques não muito densos, perto de imensos cursos de água e de nascentes sem fim, proporcionando-lhes caça e pesca, abrigo de árvores e grutas (bastante frequentes no concelho), e um clima frio e húmido.
Embora toda a região da Beira seja tida como uma região erma, cujo despovoamento se terá dado entre a invasão árabe e o início da primeira dinastia, o que é facto é que a região de Mação apresenta um vasto leque de vestígios romanos.

Mação pertenceu, até ao primeiro quartel do séc. XIV ao termo de Belver da ordem de S. João do Hospital ou de Malta. No decurso da 1ª dinastia, Mação, Amêndoa e Cardigos foram alvo de disputas entre a coroa e a ordem de Malta. Foi D. Dinis e os seus sucessores que conseguiram reaver esta região que tinha sido doada aos Hospitalários. Na 2ª metade deste mesmo século iniciam-se as lutas entre o poder temporal da Igreja e a coroa, lutas estas especialmente notórias na região da Beira Baixa e do Alto Alentejo.

Em 1761, Mação foi quartel general das tropas inglesas, comandadas pelo conde de Lippe. Em 1808, aquando das invasões francesas, também este concelho esteve à mercê de tropas estrangeiras, sendo mais uma vez alvo de roubos e outros tipos de selvajarias. Com a Constituição, surgem as lutas entre liberais e miguelistas que tomam especial dimensão neste concelho, com uma certa tradição maçon, que poderá ser anterior ou posterior às invasões francesas. As lojas maçónicas de Mação e Abrantes votaram a morte do Rei, donde ganharam aquela um acrescentamento ao concelho e esta a sua elevação a cidade.

Na 1ª República, os monárquicos tornaram-se sidonistas. Por esta altura surgiu o Hospital da Misericórdia e a sopa aos pobres.

Vejamos como é descrito o brasão de Mação:

"O BRASÃO de Mação, aprovado em 1930, é vermelho, com uma ovelha no centro. Em chefe, um cacho de uvas folhado e acompanhado por duas abelhas, tudo em ouro. Orla de prata cortada por fachas onduladas de azul. Coroa Mural de prata de quatro torres. Bandeira amarela com um listel branco em letras pretas. Cordões e borlas de ouro. Lança e haste douradas(...). O vermelho, que significa vitórias, ardis e guerras, deriva de ter sido Mação quarter general das tropas de Lippe em 1762. As indústrias de tecelagem de lã, fabricação de curtumes e exportação de gados que caracterizam, desde tempos remotos a vida económica de Mação, estão representados na ovelha. As uvas e as abelhas simbolizam a agricultura em dois dos seus produtos característicos: o vinho e o mel. As correntes, que fertilizam Mação, estão heraldicamente representadas por faixas onduladas de azul e prata."»

tirado daqui

Sem comentários: