2/19/2006

finalmente encontrei isto

Este texto foi escrito por uma que participante do campo de ferias. E uma carta dirigida ao grupo de monitores do qual eu faço parte. Com estas palavras ficamos orgulhosos de conseguir fazer algo por alguém...


"Interrogo-me bastantes vezes... Será que dependemos de alguém para sermos felizes?

Antes de vir para o campo tentei convencer-me que não, que a felicidade residia dentro de nos e que não precisávamos de ninguém para sorrir.

Quando cá cheguei, a minha perspectiva modificou-se. Passei a invejar a união entre os grupos de amigos, a admirar a sua descontracção e a sua boa disposição. Ficava alegre por vê-los assim, triste por estar por fora. Preferi, no entanto, manter-me na minha, manter-me exterior a todo o espírito, queria aprender, olha-los e imaginar o que sentiriam. Claro que falei com muita gente e mantive as minhas amizades, tentando fortalece-las.

Senti-me só e melancólica quando me punha de parte, ao tentar abstrair-me do meu "objecto de estudo". No entanto, amei estar no campo, e só desejei ter amado mais gente, ter descoberto mais pessoas lindas...

A minha filosofia pessoal diz-me que se existe Deus, e o Amor. Algo que não esquece, não depende, não pretende, apenas existe. Considero-o a energia que dá vida à vida, a "fonte" dos milagres e dos anjos.

Esta semana fez-me amar para alem dos meus limites, para alem do meu mundo. Fez-me olhar para as estrelas e ouvir o meu coração nas palavras dos monitores.

Fez-me... falar com Deus.

Mudei... Aprendi... Relembrei o meu caminho em direcção as estrelas, afinal sempre e preciso amar para se ser realmente feliz. Relembrei que não e ao prender as lágrimas ou a não ouvir o coração para não sofrer que se obtém a felicidade. Senti então cada olhar cúmplice, cada sorriso, cada abraço, cada palavra como gesto... Tenho medo desta separação, definitiva ou não, que nos espera. Não quero separar-me do meu rumo novamente, não quero cometer o mesmo erro duas vezes.

Todavia, estou confiante. Graças as pessoas com quem convivi esta semana, voltei a abrir os olhos, a estender os meus horizontes...

Amei, com todo o sentido da palavra, todos vocês. Não quero superiorizar-me face a este termo tão complexo, mas a verdade e que foi o que senti, não tem nada de banal, apenas e simples, e verdadeiro.

E nas pequenas coisas, como disse alguém, e na simplicidade como eu o encaro, e num mundo como este diferente, e na forma como nos prendemos uns aos outros, que reside a revelação a pergunta: "Como ser feliz?". Em sermos nos próprios e ao querer ir mais alem, ao amar ainda mais...

Obrigado, obrigado mas mesmo muito obrigado

De uma sempre amiga e com amor..."

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