foi só uma pequena pausa, quase forçada por acontecimentos estranhos ao longo de todo o fim de semana.
na sexta, vezes sem conta: "keep walking"...
no sábado, emoções fortes...
no domingo, um dia de lazer lá para os lados do capelo! a proporcionar fotos como esta:

e muitas, muitas mensagens, às vezes sem sequer serem escritas... alguém falou em destino, mas não quero acreditar que temos mesmo que baixar os braços porque é o destino (apesar de por vezes, as forças falharem).
não quero...
não quero pensar que foi tudo só uma pequena gota no meio do oceano.
não quero render-me ao oceano, porque pode ser só uma pequena gota!
não quero acreditar que seja assim tão indiferente tudo aquilo que se diz.
não quero aceitar que alguém decida por mim o que eu realmente quero...
não quero continuar a lamentar-me por deixar fugir oportunidades para falar, para agir, para me calar, para não reagir, para quebrar alguns dos silêncios que me assustam!
não quero mesmo deixar que o "destino" mande em tudo!!!
e este vem mesmo a calhar... cântico negro:
«"vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
estendendo-me os braços, e seguros
de que seria bom que eu os ouvisse
quando me dizem: "vem por aqui!"
eu olho-os com olhos lassos,
(há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
e cruzo os braços,
e nunca vou por ali...
a minha glória é esta:
criar desumanidade!
não acompanhar ninguém.
- que eu vivo com o mesmo sem-vontade
com que rasguei o ventre à minha mãe
não, não vou por aí! só vou por onde
me levam meus próprios passos...
se ao que busco saber nenhum de vós responde
por que me repetis: "vem por aqui!"?
prefiro escorregar nos becos lamacentos,
redemoinhar aos ventos,
como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
a ir por aí...
se vim ao mundo, foi
só para desflorar florestas virgens,
e desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
o mais que faço não vale nada.
como, pois sereis vós
que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
para eu derrubar os meus obstáculos?...
corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
e vós amais o que é fácil!
eu amo o longe e a miragem,
amo os abismos, as torrentes, os desertos...
ide! tendes estradas,
tendes jardins, tendes canteiros,
tendes pátria, tendes tectos,
e tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
eu tenho a minha loucura!
levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
e sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
deus e o diabo é que guiam, mais ninguém.
todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
mas eu, que nunca principio nem acabo,
nasci do amor que há entre deus e o diabo.
ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
ninguém me peça definições!
ninguém me diga: "vem por aqui"!
a minha vida é um vendaval que se soltou.
é uma onda que se alevantou.
é um átomo a mais que se animou...
não sei por onde vou,
não sei para onde vou
- sei que não vou por aí!»
josé régio
na sexta, vezes sem conta: "keep walking"...
no sábado, emoções fortes...
no domingo, um dia de lazer lá para os lados do capelo! a proporcionar fotos como esta:

e muitas, muitas mensagens, às vezes sem sequer serem escritas... alguém falou em destino, mas não quero acreditar que temos mesmo que baixar os braços porque é o destino (apesar de por vezes, as forças falharem).
não quero...
não quero pensar que foi tudo só uma pequena gota no meio do oceano.
não quero render-me ao oceano, porque pode ser só uma pequena gota!
não quero acreditar que seja assim tão indiferente tudo aquilo que se diz.
não quero aceitar que alguém decida por mim o que eu realmente quero...
não quero continuar a lamentar-me por deixar fugir oportunidades para falar, para agir, para me calar, para não reagir, para quebrar alguns dos silêncios que me assustam!
não quero mesmo deixar que o "destino" mande em tudo!!!
e este vem mesmo a calhar... cântico negro:
«"vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
estendendo-me os braços, e seguros
de que seria bom que eu os ouvisse
quando me dizem: "vem por aqui!"
eu olho-os com olhos lassos,
(há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
e cruzo os braços,
e nunca vou por ali...
a minha glória é esta:
criar desumanidade!
não acompanhar ninguém.
- que eu vivo com o mesmo sem-vontade
com que rasguei o ventre à minha mãe
não, não vou por aí! só vou por onde
me levam meus próprios passos...
se ao que busco saber nenhum de vós responde
por que me repetis: "vem por aqui!"?
prefiro escorregar nos becos lamacentos,
redemoinhar aos ventos,
como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
a ir por aí...
se vim ao mundo, foi
só para desflorar florestas virgens,
e desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
o mais que faço não vale nada.
como, pois sereis vós
que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
para eu derrubar os meus obstáculos?...
corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
e vós amais o que é fácil!
eu amo o longe e a miragem,
amo os abismos, as torrentes, os desertos...
ide! tendes estradas,
tendes jardins, tendes canteiros,
tendes pátria, tendes tectos,
e tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
eu tenho a minha loucura!
levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
e sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
deus e o diabo é que guiam, mais ninguém.
todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
mas eu, que nunca principio nem acabo,
nasci do amor que há entre deus e o diabo.
ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
ninguém me peça definições!
ninguém me diga: "vem por aqui"!
a minha vida é um vendaval que se soltou.
é uma onda que se alevantou.
é um átomo a mais que se animou...
não sei por onde vou,
não sei para onde vou
- sei que não vou por aí!»
josé régio
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