6/03/2006

o meu norte!


chegar a casa às cinco da matina, depois de um dia entre aeroportos, aviões e grandes viagens de carro consegue ser reconfortante... o sentir o cheiro da nossa terra é algo a que aprendemos a dar valor com tudo o que se passa na nossa vida!

nunca foi tão bom estar às duas da manhã numa estação de serviço, com um grande amigo, terrivelmente cansado, mas com a certeza que estou cada vez mais perto dos meus!

melhor só mesmo aproveitar essa viagem para ter uma daquelas grandes conversas, para deixar sair tudo aquilo que nos apeteceu dizer mas não tivemos oportunidade, por uma ou outra razão.

e lembramos...

  • aquele dia em que alguém se atravessou no nosso caminho...
  • aquele dia em que soubemos quem eram os nossos bons amigos...
  • aquele dia em que alguém nos estendeu a mão para nos ajudar...
  • aquele dia em que quem não merece chorou só por culpa nossa...
  • aquele dia em que conseguimos fazer alguém sorrir por nossa causa...
  • aquele dia em que encontrámos um sorriso que nos fez sentir felizes...
  • aquele dia em que chorámos porque nos sentíamos no fundo do poço e não víamos luz...
  • aquele dia em que chorámos de alegria porque sentimos que tínhamos traçado todo o nosso caminho...
  • todos aqueles dias em que vamos ao fundo do baú procurar forças para lutar por algo que pode já ter terminado...



confirmamos o que sentimos quando estamos longe. temos cada vez mais certezas em relação às nossas prioridades!

o que fazer agora?


até a rádio me faz falta na horta... e agora ouvi uma daquelas velhinhas, que tem tudo a ver!!!

"eu não quero estar parado
fico velho
vou marchar até ao fim
isolado

nesta marcha solitária
dou o corpo, ao avançar
neste campo aberto ao céu

ninguém sabe
para onde eu vou
ninguém manda
em quem eu sou
sem côr nem deus nem fado
eu estou desalinhado

por tudo o que eu lutei
ser sincero?
por tanto que arrisquei
ainda espero ...

esta marcha imaginária
quantas baixas vai deixar
neste sonho desperto?"

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